quinta-feira, 28 de abril de 2011

Minha velhice


A lei é falha. A justiça é lenta. O prejuízo à um filho é imperdoável. Querer atingir alguém, que não lhe ama mais, através do filho, é hipocrisia e ignorância. Mas ainda assim, eu acredito que tudo tem um propósito. Nem sempre o que aqui se faz, aqui se paga. Mas num futuro próximo eu sei, lá no fundo de minha alma, que essa pessoa que tanto mal faz a um ser que ele próprio gerou...ainda vai sofrer. Vai sofrer a solidão e depressão pelo mal que ele próprio causou. Pois, esses filhos...abandonados e prejudicados...jamais o verão com o melhor que a vida pode oferecer...que é simplesmente o mais verdadeiro e puro sentimento, perante pais e filhos...jamais sentirão vindos de um filho prejudicado...que é o amor. Em algum momento de sua vida, estará travado em uma cama, estará sozinho num quarto, num asilo abandonado, sem o amor de minha filha. Mas também sei, que eu sou mulher que batalha. Eu sou mulher que ama o que gerou. Sou um ser, dotado de capacidade de vencer as batalhas que a vida impõe. E essa, eu também vencerei. Por que quando a minha velhice chegar, eu terei o amor e carinho de minha filha, a pessoa mais importante da minha vida. Eu verei minha filha se formando na faculdade. Sendo também, vencedora como eu. Poderei ter o prazer imenso, de carregar no colo, segurar em meus braços, os meus netos. O outro lado...não. Eu te amo filha. Eu te amo mais do que a mim mesma. É incondicional. É mágico e inexplicável. Obrigada Deus e Universo, obrigada vida, por ter me permitido a dádiva de ser mãe da Carolina. Obrigada filha, por ter me escolhido para ser sua mãe e lhe ajudar em sua caminhada nessa vida. Eu tenho um orgulho imenso de dizer que EU sou sua mãe. Que cada célula de teu corpo, que cada luz de seu espírito, foi dentro de mim que se iniciou. Obrigada Deus, por eu ter o privilégio de sentir o amor. Te amo menina.

Juli

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